Andar sobre as águas é um desejo humano quase tão antigo quanto voar. A "arte" de deslizar sobre as ondas conquistou com certa facilidade o brasileiro, que tem boa parte de seu território como litoral.
Trazido para o Brasil na década de 30, o surf explodiu nos anos 70. Executar manobras ao acompanhar o movimento de uma onda que se desloca em direção à praia, é o principal desafio que motiva quem pega sua prancha e corre pra dentro do mar.
O esporte não atinge ainda proporções maiores devido ao elevado custo e certa restrição para sua prática. Uma prancha comum tem o preço médio de R$800,00. Sem contar manutenção, parafina, as viagens para o litoral e afins.
E pelo extenso litoral o país conta com picos muito bons para a prática do surf, entre eles vamos listar:
Silveira(SC): Considerado um dos mais clássicos point-breaks de direitas do Brasil, quebra com maior constância no inverno quando as ondas podem passar dos 12 pés. Nos dias de swell grande de sul, a entrada para o outside é feita pelas pedras, o que exige uma boa experiência do surfista disposto a encarar suas massa de água.
Matinhos (PR): Excelente point de direita, num dia bom pode oferecer ondas de até 6 pés perfeitas, lisas e tubulares. Principal pico do estado, é o local preferido pelos surfistas competidores para treinar e aperfeiçoar suas manobras.
Maresias (SP): Maresias tem alguns picos distintos espalhados pela praia. Um dos mais conhecidos é o Canto do Moreira, considerado por muitos a melhor e mais tubular direita de São Paulo, podendo chegar aos 8 pés perfeitos com ondulação de sul e vento leste, que é terral. Mais para o meio da praia quebram ondas em várias valas variando de 2 a 8 pés com altos tubos fazendo o surf ficar adrenalizante quando está grande, e restrito à surfistas com certa experiência.
Itamambuca (SP): Palco dos primeiros festivais de surf nos anos 70, a praia localizada em Ubatuba recebe até hoje alguns dos mais tradicionais campeonatos, oferecendo altas ondas no canto direito e outras bancadas espalhadas por toda extensão da praia.
Prainha (RJ): Transformada em reserva ecológica graças à ação e consciência ambiental dos surfistas, a Prainha é um dos mais tradicionais picos do país, oferecendo ondas constantes que variam dos 2 aos 8 pés.
Scar Reef (BA): Considerado um dos melhores reef breaks do Brasil, oferece ondas tubulares e perfeitas nas condições ideais. O fundo é de coral, por isso, tome cuidado principalmente na maré seca. Outras boas ondas podem ser encontradas na região.
Francês (AL): Beach break com ondas de ótima qualidade, apresenta ondas manobráveis e tubulares, além de quase sempre quentes. O visual contribui para tornar o cenário inesquecível, o que também favorece o constante crowd disputando as ondas.
Baia Formosa (PB): Point break de direita, oferece ondas extensas e alinhadas que percorrem toda a bancada levando o surfista a um passeio inesquecível. Ideal para treinar e aperfeiçoar seu surf, proporciona várias manobras na mesma onda.
Praia da Pipa (RN): Outro pico recheado de ondas boas, nas condições ideais pode chegar aos 6 pés perfeitos, com sessões de tubos e manobras. A região dispõe de inúmeras bancadas de areia, pedra e coral esperando para serem desbravadas.
Paracuru (CE): Onda de outside, o surfista deve remar uns 200 metros até atingir a bancada de pedra, que proporciona ondas grandes e fortes. È, junto com Icaraí, um dos principais picos do estado, revelador de grandes talentos do surf brasileiro.
Fernando de Noronha(PE): Fica a 360 km de Natal, um dos mais belos locais do Brasil. Fernando de Noronha foi declarada Parque Nacional Marinho em 1988 e passou a ter 70% de sua área vigiados de perto por fiscais do IBAMA, do Projeto TAMAR e do Projeto Golfinho Rotator. De dezembro a março, o mar se agita devido às ondulações de norte e nordeste, que trazem ondas perfeitas e um grande número de surfistas. As praias, esplêndidas, são banhadas por águas límpidas que continuam com o mesmo sabor selvagem de 500 anos atrás e com ótimos picos de surf como Cacimba do Padre, Cachorro, Conceição, Boldró e Laje do Bode.